domingo, 21 de junho de 2009

childhood is the kingdom where nobody dies

LIVRO - BREAKING DAWN - STEPHENIE MEYER - é sintomático que eu não tenha conseguido uma frase de stephenie meyer para o título deste post (tirado da citação de abertura, de edna st. vincent millay). não sou o tipo de leitor que condena os best-sellers, e sei que as vendas nunca vêm por acaso. alguma coisa esses livros têm, e talvez possamos aprender mais sobre as pessoas e o mundo entendendo por que são atraídas por eles do que lendo cem anos de solidão.

eu não *precisava* ter lido crepúsculo e, muito menos, os outros dois livros da série que levam até este desfecho. mas li. fui assistir ao filme porque não havia nada melhor passando e, confesso, porque me disseram que eu era parecida com a kristen stewart. agora imagino que mais pela tendência dela a se cortar com papel, trombar com os móveis e escorregar no gelo que visualmente. até gostei do filme. para uma fantasia infanto-juvenil, era bem... sexy. acabei lendo o primeiro livro pra ver se era bom. era exatamente igual ao filme, como se fosse um script. passei então pro segundo. muito drama, mas nada da história engrenar. passei pro terceiro, mas, nisso, já tinha pego um pouco de raiva dos protagonistas (peloamordedeus, vocês se conhecem há dois anos e não podem nem se encostar direito, como têm tanta certeza de que vão querer ficar juntos pro resto da eternidade???). sentia muita falta de um pouco de ação (pra uma história de vampiros e lobisomens, falta porrada). mas eu *precisava* saber o que ia acontecer. tanto que acabei comprando o quarto em inglês, porque não podia esperar pela grande batalha final.

assim, de uma forma ou de outra, eu li tudo em um espaço muito curto de tempo. tive que comprar esses livros que não são exatamente o tipo que se exibe em uma biblioteca pessoal. e por quê? a verdade é que todo mundo que se sente pressionado a seguir a "alta cultura" sabe que nenhuma leitura é tão deliciosa quanto a de um livro vagabundo. sim, entre meus livros preferidos estão "mrs. dalloway", "o morro dos ventos uivantes" e "o homem duplicado". mas um livro que você consegue ler em uma viagem de ônibus, durante o jogo do brasil ou em três idas ao banheiro também é um bom livro.

mas foi justamente por isso que esse último volume foi uma grande decepção. foi com muita dificuldade que percorri suas 758 páginas. e se é para sofrer com a leitura, que seja com dom quixote ou os miseráveis, porque tenho certeza de que, ao final, seria recompensada por isso. mas breaking dawn é apenas chato. stephenie meyer não é tolkien. ela não criou um universo absolutamente complexo, uma trama cheia de personagens, reviravoltas, obstáculos. a saga crepúsculo é só uma série de livros sobre uma menina comum que gosta de um vampiro que também gosta dela e, pra facilitar, nem ao menos bebe sangue humano. e a tal esperada batalha nunca vem. lembrando que nada disso é lá muito bem escrito. e se não há trama ou inovação na maneira em que o autor escreve, pra quê?

é por isso que eu dou graças a deus por j. k. rowling. pelo menos ela tinha uma história pra contar.

2 comentários:

  1. Não vi Twilight, não tenho planos de ler. Acho que gostar de Buffy tVS não significa "quero ver qqr coisa com vampiros". E vi uns trechos de Twilight e parecia tão... damsel in distress.

    Anyway.

    Concordo plenamente -- se é para ler com dificuldade, que seja uma coisa que você possa falar em voz alta. É por isso que o quinto Harry Potter me deixava tão... cansada. Sou totalmente a favor de livros vagabundos. E de filmes vagabundos. E de música vagabunda (mas essa parte você já sabia).

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  2. Livro vagabundo é uma boa definição... e eu também não resisto a eles! Até agora estou cheia de espectativas em relação à trama, e com certeza vou me frustrar com "Amanhecer", mas estou louca pra ler!

    Harry Potter só me frustrou em relação ao Sr. Sirius Black... eu imaginava um futuro tão glorioso pra ele, com reencontros amorosos e tdo hueheuehueheue.

    Bjão!!!!

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